segunda-feira, 28 de julho de 2008

Carta n°23

Bento, que maravilhoso depoimento! Eu me senti viajando por essas terras, gentes e música mineira, que me soam quase exóticos. Dei-me conta de que sou quase uma gringa, comparada a esse coração tão interior do Brasil, eu aqui neste extremo, neste pampa plano e sem fim. Percebi como vivo isolada, de certa forma, aqui no extremp sul do nosso país, assombrado pelo minuano e por um passado de glórias perdidas. Teu Vale encantado pareceu-me tão cheio de vida, e de engajamento, com esses artistas todos empenhados e entusiasmados. E tu mais que todos, meu poeta mineiro predileto. Fazes parte um verdadeiro movimento de arte, e isso é empolgante. Aqui no Rio Grande temos os CTGs, é verdade, mas a vida em estância é isolada, e a gente acaba pirando... E Alegrete, por exemplo, tem um alto índice de suicídios...

Adorei saber a trajetória , em retrospecto tão bem escrito, de tua experiência com o Festivale, e sentir que és um representante importante da cultura do Vale do Jequitinhonha. Fiquei toda orgulhosa de estar me correspondendo contigo, meu poeta apaixonado .Logo vou responder condignamente(risos )a tua carta de amor... ( Ai, meu Deus, será que terei coragem?... )

Mil beijos e PARABÉNS

tua Lu

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(Bento escreveu):

Lu meu amor, este é o depoimento que foi possíver escrever para o livro do meu amigo. Pensei que você gostaria de ler para saber mais detalhes do movimento cultural do Jequitinhonha. Comente comigo sua impressão sobre o texto. Beijo grande do Bento.

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