Carta n°34
Lúcia Welt para claudio
20/08/07
Bentinho amado
Que delícia de carta essa tua! E saber que tua mãe me achou bonita, e não uma gringa descorada, foi muito gratificante para mim. Sabe, Bento, tu não me reprimires e até me incentivares nessa fase desbocada em que estou está me fazendo um bem enorme. A propósito, para teres uma idéia do que se passava comigo noutros tempos aqui neste casarão, vou mostrar-te um soneto que descobri ontem de noite no baú da Alma. Eu sei que ela jamais publicaria esse soneto, que achei por acaso no meio da papelada dela e me trouxe perturbadoras recordações. Alma era uma cronista permanente, registrando tudo o que se passava consigo e ao seu redor. E tudo transformava em obra de arte. Olha isto, escrito por ela nos meus tristes anos:
Uma noite, após tomar meu caldo
Flagrei a meiga Lúcia sem malícia
No quarto ser fodida sem carícia
Pelo seu marido o vil Geraldo.
E vi a branca, linda bunda da guria
Ser estuprada por um pênis gigantesco
Que causava muchocho algo grotesco
Pois, de quatro, em dor ela gemia.
Eu quis entrar e bater nesse vilão
Que sujeitava a minha irmã à condição
De cadela toda noite havia anos...
Mas, o quê pude, depois de questioná-la?
Até hoje lembrar disso me abala:
Ajoelhei e beijei seu pobre ânus!
(Alma Welt)
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Bento, tudo isso isso é verdade, aconteceu mesmo, e foi nesse dia que começou a minha "reeducação" sexual pela Alma, e entrei numa fase maravilhosa de sexo com minha irmã, que me ensinou os seus segredos e me liberou para ti, meu Bento. E olha que ela era mais nova do que eu!
É claro que não mostrarei esse soneto pra mais ninguém e muito menos o publicaria nem mesmo no blog dos Sonetos Eróticos da Alma. É demasiado patético o episódio, e só o mostrei a ti por curiosidade e para veres o grau de compaixão verdadeira de minha irmã, a divina Alma...
Beijinhos. Mais tarde voltarei e te contarei, se não te importares, o que aconteceu hoje de manhã comigo, lá em Rosário.
tua Lu
segunda-feira, 28 de julho de 2008
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